28.5.14

Hitch, 2005

por Cecília Goursand



Há alguns dias, por coincidência, por minha força Jedi em evolução exalando ou uma das minhas técnicas de sedução profissional em alta, várias pessoas me falaram que eu deveria trabalhar com terapia de casal. Para ser mais exata e sem ética: conselheira amorosa. Já que vêem algum sentido nas minhas experiências amorosas e como lidei com elas.

Te conto que é um tanto tentador trabalhar vendendo regras de relacionamentos e comportamentos quando acreditamos que as nossas experiencias vividas, ainda que péssimas, foram fodas. Que valeram no mínimo para dizer o que NÃO faremos jamais. Ou fazer de novo, mas com muita consciência. Só que o fato de ter absorvido as coisas com discernimento, não nos transforma em guru do amor e nem nos dá o direito de dar pitaco na vida alheia. A não ser quando pedem ;) #prazer,Cecilia.

Pensando no convite dazamiga sobre ser essa pessoa conselheira, resolvi continuar oferecendo apenas ombro amigo, uma boa conversa regada de etílicos e dicas badalo. Nada muito profissional, já que as dicas sempre correm o risco de darem errado. O fato é que não deixei de perceber que cada vez mais, as pessoas pedem conselhos amorosos. Não por não saberem lidar com as relações em si, mas porque não sabem lidar ainda, com elas mesmas. Ou com sua solidão. Falta amor próprio mas muita gente não sabe disso. Então, diria que no fundo, essas pessoas precisam mesmo é de tapas na cara e boas amizades. ♥ 


Não há Hitch que ajude, se o amor por você mesmo não rolar. Aquele tal de amor próprio. Nunca é tarde, mas é algo que se deve correr atrás. Por isso, se seguisse a dica dazamiga sobre ser conselheira profissional num futuro qualquer , meu primeiro conselho estaria ai pra quem quiser usar e abusar: cuide de você primeiro. Saiba quem você é. E o resto a gente conversa numa mesa de bar ;) #tamojunto.

Portanto, se você tá com alguém pelo medo de ficar só, colega, super entendo. Mas, quer outro conselho de uma pessoa qualquer que já passou por muita coisa? Só acho que não vale a pena insistir em um relacionamento que gire em torno do medo de ficar sozin. Só acho. Penso que valem a pena quando giram em torno das companhias e partilhas agradáveis que ele compõe. Se não, pegue a solidão e dança.

De fato, graças à Odin, ao mestre Yoda ou a queda de ficha da galera, a onda de pessoas descartáveis tem passado, mas tem dado espaço para pessoas que querem um alguém a qualquer custo. E fazem cegamente de tudo para prender a pessoa magia ao seu lado, buscando conselhos, soluções e simpatias. Mas quer outro conselho? :) Não existe regras.

A prova disso é Hitch (Will Smith), que optou pelo caminho da safadeza, se jogou na profissão de conselheiro e saiu vida a fora vendendo regras de amor e relacionamento, por acreditar que seu conhecimento era soberano. Rá. Iéié. Só que não era.
De maneira engraçadinha, apesar de altas doses sexistas, ensinava à seus clientes como deviam se portar diante da mulher magia ( como se essas fossem bonecas sem manuais), incluindo as atitudes mais instintivas de um ser: desde o jeito "certo" de andar até o beijo ao final do encontro e seus 90% de aproximação para ele acontecer.

A coisa precisou ficar feia para Hitch entender - graças a seu cliente que teve uma aproximação bem sucedida por NÃO seguir as regras aconselhadas - que ele não sabia de nada, inocente. A aproximação de seu cliente da pessoa amada só funcionou porque ele foi ele, sem receitas, sem regras.

A questão é que Hitch não tinha aprendido sobre o amor e suas relações, apenas havia ignorado certos sentimentos, mantendo assim o controle da situação. Ditava regras, comportamentos decorados, mas não se entregava.
Para não dar mole mais na vida, assim como eu, resolveu escutar o único conselho que ele não queria ouvir: para o amor ou outras relações, não existe receita. Se joga.  :)

                                                               Yeaahh!Usher,usher :)


--> Tem ele on line aqui. :)
--> aceito convites para conversas de bar aqui :)


Ficha Técnica:
Onde e quando: Estados Unidos, 2005
Olhar de quem: Kevin Bisch
Quem faz parte: Will Smith, Eva Mendes, Kevin James, Amber Valletta
Quanto tempo: 118 min.





22.5.14

E quem disse que Star Wars é só cultura? É também solidariedade :)

por Cecília Goursand


Safadinho é o J. J Abrams, que além de foda (acho), uniu o útil ao agradável: como novo roteirista de Star Wars- episódio VII, lançou uma campanha bacanuda para os fãs juntamente com a Unicef. 
A campanha possibilita que os fãs façam doações para o programa de pesquisas em inovações para ajudar na humanidade. Ao final do prazo estipulado, todos que fizeram doações estarão inclusos no sorteio que levará o ganhador e um acompanhante para o set de filmagens e ainda aparecerá como árvore figurante. Tudo isso bancado pela produção gente phina de Disney/LucasFilm.

Para os desavisados, J. J Abrams foi escolhido para roteirizar o próximo episódio da saga (que se passa 30 anos após O Retorno de Jedi) e confirmou sua ilustre presença em janeiro deste ano, que será junto com Lawrence kasdan. 



No elenco  principal, já estão confirmados: John Boyega, Daisy Ridley, Adam Driver, Oscar Isaac, Andy Serkis, Domhnall Gleeson e Max Von Sydow que se juntarão aos veteranos Harrison Ford, Carrie Fisher, Mark Hamill, Anthony Daniels, Peter Mayhew e Kenny baker. E tem a data de lançamento prevista para dia 18 de dezembro de 2015 (yeyy :) ) 

O videozinho-convite você encontra aqui, com a participação especial de um E.T, que também se mostra interessado no que J.J Abrams tem a dizer :)



Para quem quiser participar , é necessário ter mais de 18 anos e doar no mínimo 10 dólares até o dia 18 de julho aqui :)

Novidades, a gente vê por aqui ;)


21.5.14

365 Dias , 524 Receitas e uma Cozinha Apertada

Por Lu na Cozinha




Uma mulher nas casa dos 30, sua crise existencial, sua falta de perspectivas profissionais, o sucesso das amigas (que de certa forma esfregavam isso na sua cara) e a sufocante pressão crescente para ter um bebê. Outra mulher, vivendo em um país estranho, cheia de tédio e enfrentando o preconceito de uma sociedade. O que elas têm em comum? Uma vida frustrante? Definitivamente não!

O elo que une essas duas histórias é a paixão. Julie e Julia é um filme sobre amor, casamento e, principalmente, sobre mudança de vida. Ambas descobrem sua paixão pela comida, o que as ajudou a superarem fases difíceis. O filme narra a vida de Julie Powell, que aceita um desafio: fazer, em 365 dias, todas as 524 receitas do livro “Mastering the Art of French Cooking”, de Julia Child, enquanto escreve o blog que conta as experiências vividas durante o projeto, paralelamente à história de Julia Child, “a mulher que ensinou a América a cozinhar e a comer”.

Mas hoje não estou aqui para falar do filme em si, mas sim de comida (rss), também, minha grande paixão. Mais precisamente sobre o Boeuf Bourguignon. Se você não viu o filme, DEVE VER (tem online aqui)! Quem já assistiu, percebe que Julia não dava muito valor à etiqueta, regras e costumes franceses... ela está sempre mais preocupada com o prazer em cozinhar, com o sabor e com o que cada um vai sentir ao degustar um de seus pratos. Julie tem um carinho todo especial com o prato em questão. No filme ela conta de que quando era criança e sua mãe o preparou para uma ocasião especial. Segundo Julie, era uma atmosfera tão mágica que as duas, sua mãe e ela mesma, sentiam como se a própria Julia estivesse lá, ajudando-as no preparo. Assim que acabei de ver o filme fiquei com uma vontade louca de experimentar o prato e não sosseguei até fazê-lo, afinal “todo mundo pode cozinhar”.



O Boeuf Bourguignon da Julia Child só pode ser comparado ao Boeuf Bourguignon da Julia Child, mas digo com orgulho que o meu fez um tremendo sucesso: Forte, rústico e delicioso.
Lembro-me de cada etapa das 5:00hs que gastei para prepará-lo. Não, “pera”, gastei não ficou uma boa palavra... parece um tempo perdido. Lembro-me de cada minuto vivido intensamente no preparo do prato... minha receita não está exatamente fiel à de Julia, mas ela mesma gostava de improvisar... então vamos lá:

O que vamos precisar:

200g de bacon
1kg de contrafilé cortado em cubos de +- 5cm
1 cebola roxa em fatias
Um punhado de Cenoura baby
Vinho tinto
1 talo de alho poró
2 dentes de alho amassados
20 cebolas brancas pequenas
400g de champignon fresco e fatiados
1 tablete de caldo de carne
Azeite
1 colher de chá de sal
3 colheres de sopa de farinha
1 lata de extrato de tomate
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de açúcar

Como vamos Fazer:

Para fazer esse prato precisamos de um pouco de paciência...

Tempere a carne com sal, cubra com a cebola roxa picada e um pouco de azeite. Cubra com vinho (+-1/3 da garrafa). Deixe descansar de um dia para o outro.

Corte o bacon em palito e o deixe mergulhado em um litro e meio de água por cerca de 10 minutos. Deixe escorrer e seque as tirinhas com um papel toalha.

Pré-aqueça o forno em fogo alto. Refogue o bacon no azeite em fogo médio até ficar bem torradinho. Reserve o Bacon.

Escorra a carne e seque bem cada cubinho. Utilize a gordura do bacon para selar a carne. Nessa etapa faça pequenos montinhos de carne e vá colocando os pedaços aos poucos, e reservando os que já estiverem dourados, até que toda a esteja selada. Polvilhe a farinha de trigo sobre a carne e refogue-a novamente até que fique bem frita. Reserve a carne.

Na mesma gordura doure os legumes fatiados. Na panela onde estão os legumes, acrescente a carne, o bacon, um pouco de sal.

Passe a carne e os legumes em uma caçarola que possa ir ao forno. Deixe a caçarola no forno por 4 minutos, misture a carne e retorne ao forno por mais 4 minutos. Retire a caçarola do forno e abaixe o fogo.

Acrescente o vinho, o extrato de tomate e o caldo de carne até que o prato fique parcialmente coberto. Coloque o alho e leve ao fogo até levantar fervura.

Volte com a caçarola para o forno e deixe por cerca de 2 horas (vá verificando até o momento que um garfo puder perfurar a carne com facilidade)

Refogue as cebolas pequenas e o champignon na manteiga. Cubra-os com água e 2 colheres de açúcar e leve ao fogo até a agua evaporar. Isso vai dar um efeito caramelizado muito bom!!
 Coloque a carne numa assadeira e decore com as cebolas e os cogumelos e Bon Appétit!!


Achadão - parte 2: Cinemark exibe clássicos em suas salas de alta definição

por Cecília Goursand




Quem pensa que nasceu na época errada e perdeu alguns clássicos nas telonas, já pode deixar o mimimi de lado. A partir do dia 28/05, a Cinemark começará a venda de ingressos para filmes clássicos que serão exibidos em suas salas de cinema de quase todo o Brasil ( São Paulo, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Niterói, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Vitória, Natal, Porto Alegre, Recife e Salvador.)

Na primeira etapa, a Cinemark exibirá filmes lyndos como: Táxi Driver (1976), Pulp Fiction(1994), Laranja Mecânica (1971); Os embalos de sábado à noite(1977); Grease- Nos tempos da brilhantina(1978) e Bonequinha de Luxo (1961), as entradas terão o custo delícia de 14 reais a inteira e 7 reais a meia. As sessões ocorrerão às quartas às 19h30, aos sábados 23h55 e nos domingos às 12h30. :)
De acordo com a Cinemark, a programação seguirá nos seguintes dias: 

Táxi Driver (1976):


                                         

Pulp Fiction (1994): 
 

Laranja Mecânica(1971): 

 Os Embalos de Sábado à Noite (1977): 

                                      

 Grease-Nos tempos da Brilhantina(1978): 



Bonequinha de Luxo(1961): 



E sente o drama dos filmes cotados para a próxima etapa :)
O Poderoso Chefão, Forrest Gump, Império do Sol, História sem Fim, Quanto Mais Quente Melhor e Lawrence da Arábia. Em breve, maiores informações aqui :) .



14.5.14

Formatura Fantasma, 2012

por Cecília Goursand



Dia desses conversando com uma amiga querida sobre a vida, ela disse: "Ciça, você é dessas que amam ciclos e seus encerramentos. Eu não consigo ser assim". Confessou ela.
Percebi que realmente sou fã de uma reciclagem. Não as que apenas trocam o velho pelo novo, embora algumas coisas/pessoas mereçam, mas sou fã daquelas que a gente entende o recado dado. A pessoa/coisa ensinou, a gente aprendeu e ela teve que ir. Por isso pegue seu banquinho e saia de mansinho.

Como a vida adora ser Sérgio Malandro e fazer ié ié, numa madrugada fora da rotina, comecei a ver Formatura Fantasma, como se não houvesse amanhã. Só que houve. A pegadinha da malandra caiu tão bem que até fez o filme vencer o sono e o cansaço que insistiam num UFC.

Fiquei pensando ao ver o filme, em como antigamente, nos tempos de imaturidade, eu deixava as pessoas me ensinarem como viver, quem ser, o que fazer. O outro ou A outra, gozava no meu pau do palhaço até não poder mais, com o perdão da expressão para os conservadores que me lêem. E é aquilo: se esquecemos quem somos, o outro nos fará ser qualquer coisa. De fato, isso ainda existe, mas hoje sei consciente que sou dona de mim e aquele bla bla bla todo de conversa de bar.

Embora seja uma ideia lynda, na prática é preciso saber que de nada adianta se defender quando nem sabemos ainda quem somos. Quando sabemos, dificilmente deixamos esse monte de mimimi em formato de cocô encostar em nossos preciosos tímpanos.

A identificação delícia por esse filme meio que veio dai. Quando vi que Modesto ( Rafinha bastos, mentira Rául Arévalo) também não sabia quem era. Não sabia nada de modéstia, inocente. Viveu cegamente achando que era louco por ver coisas que mais ninguém via. 

Deu as mãos para meu amigo Nietzsche, que dizia : Aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos, por aqueles que não podiam escutar a música . E assim, enquanto professor maluquinho, foi sendo recusado de vários empregos, ostentando os consultórios de psiquiatria. Mas teve fim ao descobrir que o seu maior defeito poderia virar qualidade e era peça chave que faltava no quebra cabeça de uma escola que há tempos buscava. E a ficha caiu: ele não era louco. Seu encerramento de ciclo, talvez, começasse ali. Que coincidentemente era ajudar algumas pessoas a encerrar o ciclo delas. Rá. Não direi que pessoas eram, apesar do nome já dar uma ideia, mas tenho o palpite de que você iria surpreender. Não é todo dia que vemos alguém ajudar em passagens.

Quem me conhece, sabe que sempre me jogo em filmes de nomes doidos e arrasto quem tiver comigo porque eles sempre têm algo muito grandioso a dizer ou nos ensinar. #liketerapia. E os europeus são mestres nisso até mesmo pela riqueza de detalhes que sempre nos aproxima do real. Infelizmente nem todo mundo consegue dar bola pra eles, mas a Lupa existe, principalmente, para defender esses filmes oprimidos pela cultura comercial. E mostrar que sempre existe uma razão para dar uma chance! Ou várias. Vem verr o que podemos aprender com o filme:

1: Considerando que te deu alguma vontade ou no mínimo curiosidade de ver, chega de desculpas. Tem ele on line aqui :)

2: Dica para você que busca encerrar ciclos e seguir em frente mas não consegue: uma frase muito sábia é dita no filme: "Morrer é como ir à terapia: tem que aceitar todas as suas loucuras para que a conta não fique alta. Obviamente você não precisa morrer pra entender, mas... #fikdik 




3: Ok. Você aprendeu a ser dono de si, mas isso não quer dizer que não possa ouvir conselhos de outras pessoas, principalmente, de quem você confia.Até porque, depois que isso acontece, podemos selecionar ainda mais quem ouvir e compartilhar a loucura de ser:


4: E das vantagens de ser invisível ....



[ ... ]


5: Mesmo que fechar um ciclo implique em voltar diversas vezes em um lugar que já não faz tanto sentido, uma hora ou outra acontece  :)




Ficha Técnica:
Quando e onde: Espanha, 2012
Olhar de quem: Javier Ruiz Caldera
Quem faz parte: Raúl Arévalo, Alexandra Jiménez, Andrea Duró, Jaime Olías, Alex Maruny, Anna Castillo, Aura Garrido, Javier Bódalo, Joaquín Reyes, Carlos Areces, Silvia Abril, Luis Varela 
Quanto tempo: 89 minutos.


8.5.14

Achadão: Pixar e suas dicas para contar uma boa história ♥

por Cecília Goursand



A alma boa e criativa da Pixar, Emma Coats, resolveu revelar para o mundo através de seu twitter , 22 dicas que a PIXAR usa para contar as histórias mais thelycias que já vimos na vida :)
Mesmo que você não queira se profissionalizar, são dicas ótimas para criar histórias para crianças entre 0- 100 anos ♥. Achadão pra vida inteira! Vem que tem :)




1. Um personagem deve se tornar admirável pela sua tentativa, mais do que pelo seu sucesso.


2. É preciso manter em mente o que te cativa como se você fosse parte do público, e não pensar no que é divertido de fazer como escritor. As duas coisas podem ser bem diferentes.


3. A definição de um tema é importante, mas você só vai descobrir sobre o que realmente é a sua história, quando chegar ao fim dela. Então reescreva.


4. Era uma vez um/uma________. Todo dia,__________. Um dia, então__________. Por causa disso, __________. Por causa disso__________. Até que finalmente_______.


5. Simplifique. Tenha foco. Combine personagens. Não desvie do principal. Você sentirá como se estivesse perdendo material valioso, mas ficará mais livre.


6. No que os seus personagens são bons e o que os deixa confortáveis? Coloque-os no lado oposto a isso. Desafie-os. Como eles lidarão com essas situações?


7. Crie o final antes de saber como será o meio. Sério. Finais são difíceis, então adiante o seu trabalho.


8. Termine a sua história e deixe-a, mesmo que não seja perfeita. Siga em frente. Faça melhor da próxima vez.


9. Quando você tiver um “branco”, faça uma lista do que não irá acontecer no andamento da história. Muitas vezes, é assim que surge a idéia de como continuar ela.


10. Separe as histórias que você gosta. O que você vê de bom nelas é parte de você. É preciso identificar essas características, antes de usá-las.


11. Colocar no papel permite que você comece a consertar as falhas. Se deixar na sua cabeça até aparecer a idéia perfeita, você nunca compartilhará com ninguém.


12. Ignore a primeira coisa que vier a sua cabeça. E a segunda, terceira, quarta, quinta – Tire o óbvio do caminho. Surpreenda a si mesmo.


13. Dê opiniões aos seus personagens. Passivo/maleável pode parecer bom enquanto você escreve, mas é um veneno para o público.


14. Por que você precisa contar essa história? Qual é o combustível que queima dentro dela, e do qual ela se alimenta? Esse é o coração da história.


15. Se você fosse o seu personagem, e estivesse na mesma situação, como você se sentiria? Honestidade dá credibilidade para situações inacreditáveis.


16. O que está em jogo? Nos dê uma razão para nos importarmos com o personagem. O que irá acontecer se ele fracassar? Coloque as probabilidades contra o sucesso.


17. Nenhum material é inútil. Se não está funcionando, largue de mão e siga em frente. Ele pode ser útil mais tarde.


18. Você deve saber a diferença entre dar o seu melhor e ser espalhafatoso. Histórias são para testar, não para refinar.


19. Coincidências que coloquem os personagens em problemas são ótimas; as que os colocam fora deles, são trapaça.


20. Exercício: Divida em pedaços um filme que você não gosta, e o reconstrua de forma que ele se torne um bom filme, na sua opinião.


21. Você deve se identificar com as situações e reações dos seus personagens, e não escrevê-las de qualquer forma. Você agiria da mesma maneira que eles?


22. O que é essencial na sua história? Qual a forma mais curta de contá-la? Se você souber a resposta, pode começar a construí-la a partir daí.



* Texto retirado do site Comunicadores.info 

7.5.14

Valente, 2012

por Cecília Goursand


Não que eu seja uma princesa, embora deva parecer para o boy magia e os pedreiros, mas monarquia não é comigo. Apesar de seguir certas tradições e mesmo com toda a insistência da sociedade em falar que todas mulheres são princesas e devem esperar seus príncipes lindos e loiros, bleh, não é pra mim.

A identificação total por esse filme vem da bravura de Merida (voz Kelly Macdonald) em justamente querer quebrar tradições clichêzudas do reino que vive. AQUELA bravura que eu não tenho, claro. Mas busco ter.

A identificação também veio porque minha mãe já virou urso e ficou tempos assim. Só conseguindo retornar à forma humana depois de muito aprendizado e vários nascimentos do sol. Na minha cabeça, minha mãe falava ursês até pouco tempo, dificultando eternamente nossa comunicação. O engraçado é que a bruxa da minha história foi a própria vida. E nem ficou me dando dicas e falando frases de efeito. Por sorte, cresci. 

Não por acumular peso, centímetros, aniversários, anos, mas por acumular vivências. Um dia a gente tem que crescer e desaparecer, já dizia meu amigo Zeca. Da vida também, mas primeiro da aba daquela figura que sempre tenta nos acolher e proteger da forma dela e muitas vezes recusei (recusamos) simplesmente por não entender. É redundante e soa óbvio ver que é preciso sair dessa aba para enxergar o lado de fora e perceber o quanto pode ser alienante essa relação. Seja ela boa ou ruim. E digo alienante, porque mesmo ruim, é difícil cortar o cordão umbilical que existe em formatos de minhocas na cabeça. 

Haja terapia, haja amaciante ajax para afofar o coração duro e haja lupa . É a parte mais difícil, embora seja precisa. E preciso. Sem contar na querência de morar eternamente na terra do nunca para não crescer never. Se assim fosse, não reconheceríamos que o urso da vez, era a gente mesmo. E a comunicação não fluía muitas vezes porque a gente não aprendia a linguagem de cada um (a). A nossa e a dela. A vida e essa mania de ié ié, achando que é Sérgio Malandro.

Há quem diga que só saberemos mesmo o que é ser mãe quando nos tornamos uma. Mas acho que é possível ter uma noção ao longo da vida. E quando falo no plural, é todo mundo mesmo. Vai me dizer que você nunca teve dor no coração ao ver um peixinho de aquário morrer ou uma bola jogada láa longe que furou? Tadinha. Todo mundo tem sentimento maternal. Sendo assim, não é difícil perceber que elas sempre querem o melhor para nós. Do jeitos delas. Reprimindo ou não, podando ou não, seguindo a tradição ou não, ouvindo ou sim. O importante é isso. É sair do paradoxo mãe-que-cria-filho-pro-mundo x mãe-que-cria-o-filho-pra-si e ouvir. Ver que formamos nossas opiniões com a vida também. E pegamos como exemplo outras pessoas de nossa convivência. 

Não deve ser fácil pra elas também, já pensou? Achar que é a única responsável por nós, mas descobrir que nós mesmos é que somos? Aprendemos a ser donos de nós, sem elas. Pode chamar o Renatão, falar que quer colo e vai fugir de casa. Talvez, isso implique em rebeldia e impulsione rumo à quebras de tradição ou nos segura eternamente na aba delas. O resultado disso, a gente vê por ai vida a fora.
E se você não entendeu qual a ligação de urso, mãe e crescimento, chegue mais que tem razões no olhar da lupa, para ver essa thelycia de história:

1: Da série: pagando língua com animação, parte 2. A pixar é fueda. Dá uma chaance!? É o primeiro conto de fadas dela, só que de forma bem madura e sombria. 


Está me dizendo que existe uma chance? yeahhh!
 A qualidade não é das melhores, mas tem ele aqui  :)

2: Contém cenas altamente inspiradoras para sairmos das tradições. Se você está na canseira da vida que leva e não quer simplesmente aceitá-la sem antes questionar, se joga :)




3: "Be careful what you wish for" (cuidado com o que deseja) já dizia alguém. As chances de acontecer ultrapassam 90%. E quase nunca acontece do jeitinho que queremos #fikdik ;)





4: Dica se você tem irmãos/ irmãs: Nunca, nunca subestime :)


Uma hora ou outra eles poderão te salvar:


5: Dica pra boa comunicação : Mais que falar é ouvir a pessoa e vice versa. Diálogo não é monólogo.Tá, Cecilia? Tamo junto.



6: A gente percebe que remendar, as vezes, está muito além de uma costura :)




7: E lembrete (anota, Cecília) parafraseado Shakespeare : só porque ela não ama como a gente gostaria (as vezes acho que me odeia)....


...Não quer dizer que ela não ame com tudo que pode, do jeito dela ♥ ( 28 anos pra entender)




(Mães, vocês são especiais! Sejam em formatos de homens, idosos, crianças, bichos ♥ Feliz dia!)



Ficha Técnica:
Quando e onde: Estados Unidos, 2012
Olhar de quem: Mark Andrews e Brenda Chapman
Quem faz parte: Kelly Macdonald, billy Connolly, Emma Thompson, Julie Walters, Kevin Mckidd,Craig Ferguson, Robbie Coltrane, John Ratzenberger.
Quanto tempo: 93 minutos.