14.11.14

Trailer: 50 tons de Cinza


Keira

http://literatortura.com/2014/11/em-forma-de-protesto-keira-knightley-faz-top-less-para-revista-e-nao-aceita-manipulacao-de-photoshop/

Paraiso, 2014

Sobre peso, sobre-peso 


Carmen, te entendo.
Eu que sempre fui "pesadinha", consegui compreender em cada olhar seu, toda angústia e culpa por gostar de comer. A vitória de cada kilo perdido e cada bullyng sofrido que impulsionou a nunca mais querer estar além do peso ideal (ideal de acordo com a estrutura óssea, tamanho e afins)

Paraíso, retrata lindamente a vida de um casal acima do peso ao enfrentar a realidade padronizada que a sociedade tem nos colocado.
Lindamente, pois é delicioso ver como, independente de peso, cor, credo, raça e religião, casais descobrem que podem ser felizes na pureza do amor.

Apenas por amar um ao outro.
Não se gosta porque está magro, porque tem olhos verdes ou fulano(a) escolheu clarear ou escurecer os cabelos.
E se você é preocupado apenas com isso em um relacionamento, como vai sua vida?

Em uma época em que está dificil dividir a vida com alguém, quem não preocupa com questões de estética, é rei/ rainha. Porque pode parecer clichê, mas o que importa é quem somos por dentro.

E não adianta vir com todo aquele discurso lindo de que temos que aceitar quem somos. Porque não é bem assim,
Nunca fui de aceitar nada na vida. e fujo do comodismo. Sem contar que aceitar certas condições em tempos de padrões só é fácil quando se fala.


alimento como satanas e pecado
Carmen : nunca preocuparam com nada, mas quando alguem apontou como defeito, ela se menosprezou, se perdeu.

o quanto a alimentaçao pode separar o casal se nao estiver em sintonia

identificação: calça leggin

O quanto emociona cada olhar da atriz, que nos leva a viver a angustia que ela vive.

Paraiso: eu, que sempre fui cheinha, conseguia compreender em cada olhar de Carmen, a satisfaçao de cada kg minimizado e cada bullyng sofrido por estar acima do peso. Em como o ser humano pode ser cruel de graça e dar toques nao solicitados, impondo um defeito que nao existe para pessoas alheias
Foda-se se a maioria das calças do cotidiano sao leggin
Ele oou ela, vai te amar independente do seu peso, cor ou credo. Amor ,ate onde eu sei, e cego pra isso, sem nenhuma intençao de enxergar algum dia. E nao por apenas ignorar. Mas priorizar os defeitos, nao cabe no amor.Sai do filme e fui viver, comendo gordices e pensando apenas por um dia, desistir de padroes





http://www.entendaoshomens.com.br/voce-nao-precisa-ser-magra-sobre-quilos-a-mais-e-felicidade/

9.11.14

Poesia , 2010

E a arte de ver a beleza da vida


A busca por palavras que descrevam a vida e seu cotidiano na maioria das vezes, é mais difícil que obrar lençol com elástico. Vide, que estou há quase 3 meses sem dar as caras bloguisticas e sem arrumar a cama.

Não é falta de inspiração, nem de dicionário ou de tempo/ vontade. O bloqueio da pessoa que escreve, ao meu ver, vai muito além de tudo isso e implica em cuidar e organizar as ideias dentro da cacholinha.

O filme Poesia, retrata a história de Mija (Yun Jeong-hie), que vive com seu neto, gosta de questionar sobre a vida o que a deixa  em constante movimento, expressando por sua vez, em suas vestimentas, sempre de forma excêntrica.


30.10.14

Saint Hoax

https://estilo.catracalivre.com.br/modelos/e-se-as-os-personagens-da-disney-tivessem-anorexia/

20.10.14

Mesmo se nada der certo, 2014

Mesmo se nada der certo, precisamos tentar.
É duro sair da zona de conforto, mas precisamos nos mover.

Afinal,a busca por nossa autenticidade requer sair do lugar.
Até agora, tudo clichê e nada de novidade.

a novidade talvez esteja na forma como ocorre essa busca pelo eu e  nossa originalidade.
Aprendemos culturalmente a depender de pessoas, de relacionamentos,sentimentos e esquecemos de viver



E no meio de tantos romances com casais e finais felizes, ei que " mesmo se nada der certo " samba na cara da sociedade, sem o famoso final


Sobre tentar tranformat greta
Mostrar a ela a nao ser ela
Dizer sim pra vida
Tentar e descobrir o que se quer
Busca da autenticidade
Alienaçao do casal
Banda independente

3.10.14

Desenhos Animados

A Ciça me colocou aqui de colaboradora do Lupa e tô feliz da vida! Espero compartilhar com vocês experiências, histórias, memórias e coisas boas. Algumas coisas tento trabalhar comigo primeiro e outras consigo colocar em crônicas e textos, principalmente as que deixam uma marca enorme em mim. E assim são os desenhos animados.

Eu choro em 90% dos desenhos animados que assisto. E o engraçado é que, pensando aqui agora, não me lembro de chorar tanto assim quando criança. Às vezes por não compreender as mensagens, os diálogos e situações vivenciadas neles. Lembro-me que em Rei Leão eu chorei devido à morte do pai de Simba, Mufasa. Provavelmente por aquela cena ser a mais compreensível para uma criança de poucos anos e não muito (ou nada) experiente na vida! 

Mas aí veio meu desenvolvimento e as experiências aumentaram e intensificaram e fui percebendo outro lado que, possivelmente, meu olhar infantil não me permitia ver ainda. Valores mostrados no filme, até hoje estão dentro de mim de uma forma bem presente. O amor à família e os exemplos passados na infância refletiram no meu amadurecimento e, claro, a hakuna matata. Um filme infantil que canta: “Os seus problemas, você deve esquecer! Isso é viver, é aprender. Hakuna Matata” vai muito além de um mero desenho animado. Ali também mostra a amizade em sua essência mais pura, relevando os instintos naturais, as diferenças exorbitantes e elevando a certeza de que reconhecemos os amigos e eles sim, estarão com você na alegria e na tristeza. E realça que o mais simples, vivenciado com quem a gente mais ama, torna-se sempre a lembrança mais presente e forte nas nossas vidas.


Os desenhos animados passam lições de moral e valores que ajudam as crianças durante seu desenvolvimento e em nós, adultos, remete à um tempo já muito esquecido que muitas vezes a sociedade nos faz pensar ser algo retrógrado. Aliás, acho muito bacana esses desenhos que misturam espécies de animais que não são “amigas” na vida real entre si, pois mostra que a diferença muitas vezes é o complemento que falta em nossas vidas.

Lembro-me de ter ido ao cinema uma vez assistir qualquer filme e tinha lugar apenas para Kung Fu Panda 2. Não havia assistido o 1, mas decidi assistir mesmo assim. Saí de lá com um cisco me incomodando no olho. O filme é uma animação toda errada; errada no sentido das interações na vida real entre os “personagens”. O panda, Po, é filho adotivo de um ganso, Ping. Po é o Dragão Guerreiro que vai salvar a todos, mas não tem noção de nada nessa vida. Não sabe lutar direito, é atrapalhado, não é disciplinado e, muitas vezes, se acha demais. Creio que no filme, o que deu a Po a vontade e a força de prosseguir, foi a crença e confiança em si próprio, mas também a que NÃO tiveram nele.  Um “cara” que não tinha nada pra dar certo na vida, vence de maneira determinada. Isso é um exemplo de vida, pois gente pra te colocar pra baixo e falar que você vai fracassar tem de graça. O reconhecimento e amor por quem o criou é tocante e, de certa forma, me puxa da dimensão do desenho animado e me coloca no meu presente, na minha atualidade.

Esses filmes atuais têm me surpreendido muito positivamente, embora eu não assista muito. Costumo preferir as animações antigas, mas Como Treinar o seu Dragão é outro que me marcou. O menino Soluço, vive em uma comunidade Vicking que caça dragões. Desde cedo, as crianças são treinadas de tal de forma a continuarem com os costumes da comunidade. Porém o jovem Soluço não tem nenhuma habilidade pra isso. No decorrer do filme, o mais incrível acontece: ele fica amigo do dragão mais temido por todos, o Fúria da Noite, carinhosamente chamado de Banguela. Além do filme abordar o que a sociedade e família esperam do personagem (e, caso não seja o que eles querem, o consideram um fracassado - um "zé ninguém" -),  mais uma vez é mostrada  a descrença que as pessoas têm em quem não se encaixa em algum lugar na “sociedade correta” e como todos, de acordo com quem é e através dessa aceitação, podem vencer na vida.

Desenhos animados nos levam à um mundo que podemos inserir na nossa vida real. Não necessariamente o lado infantil, mas o lado lúdico e esperançoso. O lado bom das coisas.  Reafirma a importância da família em sua mais verdadeira profundidade. Exibe a essência mais pura e real da amizade. E nos ensina a nunca, nunca desistir dos sonhos, porque de alguma maneira, algum problema, vai resolver de alguma forma.  


Beijas,
Carol Maria
www.mundodosaltoalto.com


30.9.14

Star Wars

Conversa com a Lud

Pq n fala sobre como o Luke cresceu com a falta de carinho
Não necessariamente VC vai relacionar c pai
issoooooo
\o/
que com a falta de carinho, pode ir pro lado negro ou nao
Mas da p VC relacionar c outras coisas
Gostou?
Rss

Sim.. Pq por certo momento ele ficou na dúvida
Ne?
Falar da importância do carinho
P formação de caráter
Rss
éeeeee
*_*
parece que o anakin teve mais amor que ele e optou pelo lado negro...vc concorda?
Sim.. Mas ele teve um carinho diferente ne.. Sempre podado

era da epoca kkkk

Sidney Magal e o Amante Latino




E ai que ele merece todo amor do mundo e uma postagem aqui no blog.
Porque ele é um fofo, tesudo, gostoso e super simpático.
E porque também fiz uma mini promessa pra mim mesma que, se conseguisse tirar foto com ele, falaria sobre a experiência aqui. heuheue. A tietagem não tem limites.

Mimimi à parte, não ia aguentar segurar a emoção e não dividir com vocês. Penso que o que vivi ontem (29/09), merecia ser contado de toda forma, porque foi um bate papo muito, muito, muuito bacana com ele, sobre a vida, carreira e um curta , protagonizado por ele: Amante Latino, de 1979. O pequeno debate depois do curta foi essencial para desmistificar alguns julgamentos feitos desde o inicio da sua carreira.

O evento foi no Cine Humberto Mauro (uma das salas do Palácio das Artes), um dos lugares mais criativos em questão de eventos, que eu amo e há 13 anos realiza o: curta circuito - mostra de cinema permanente, entre outros eventos cinematográficos bem bacanudos, quase sempre gratuitos.


E em sua edição de aniversário, rolou uma programação nessa última semana, baphônica, com filmes brasileiros e o tema: Amante Latino. Sendo sempre oferecido depois, um debate com alguém que entendia do assunto. A programação foi levada também para Montes Claros e Araçuaí- MG.

E para finalizar essa programação em Belo Horizonte, com chave de ouro, não poderia ter sido com outra pessoa.
O filme, apesar de parecer bem amador e ter a notável inexperiência de Sidney como ator (ele sempre ri muito disso), tem colocações bem interessantes sobre o papel das mulheres na sociedade, ainda que pouco, e sobre o velho preconceito contra ciganos ou pessoas em situações desfavoráveis economicamente.

Um exemplo sobre o papel da mulher pode ser visto na cena em que um grupo de fãs é solicitado por Rosa Madalena, a ajudar Sidney numa situação em que ele se encontrava encurralado por homens que queriam acabar com sua vida. O grupo consegue defender Sidney distraindo e  ameaçando ferir os tais capangas fortões com o salto alto.

Infelizmente, por se tratar do fim da década de 70, esse e outros comportamentos femininos foram tachados pelo machismo e visto como piada, rebeldia ou mulheres mimadas.
Qual foi a intenção do diretor Pedro Carlos Bovai, não se sabe ao certo. Mas de fato, penso que ele soube conduzir um roteiro, até bonzinho, juntamente com Paulo Coelho.

Engana-se quem diz que Sidney Magal não faz mais sucesso. Ou quem fala que é brega, cópia barata do Elvis, John Travolta e afins. O fato é que ele manda beijinho com sua sola de sapato dançante para todos os 'recalques' alheios e pouco se importa com críticas negativas.

Pra mim, essas pessoas comem cocô, sorry. Porque Sidney, em sua peculiaridade, conseguiu ser original e até hoje é dono de uma autenticidade invejável mesmo. Seu sex appeal está muito além do rebolado e o passo lindo, nomeado futuramente depois de coice. (contado por ele com muitas risadas)

Mas infelizmente muitas pessoas carregam tradições e preconceitos por anos e custam a quebrar alguns ideais, muitas vezes, até imposto pela mídia, como dito por ele.

Segundo Sidney, uma das dificuldades passadas no inicio de sua carreira, foi o grande preconceito machista, ao ser taxado de homossexual pelo rebolado que só ele tem, apesar de declarar que não teria nenhum problema com isso. Sidney afirma que o/a artista que se preze, não se preocupa em passar certa sexualidade, sendo quase um assexuado,mas sim, passar sensualidade, carisma e dar show. Seja como for. Foi também muito criticado pela cultura cigana que não era tão bem vista, fato que ele também afirma ter sido adotado apenas para composição de seu personagem.

Que ele arranca milhões de suspiros até hoje, por homens e mulheres de todas as idades, é inegável.
Sidney é dono de uma coerência admirável e sempre condizente. E das vozes de El Macho, personagem de Meu Malvado Favorito na versão dublada (♥) e do pinguim Amoroso, em Happy Feet. 



Gosta de atenção e reconhecimento como toda pessoa que escolhe a profissão nas artes. Embora nunca tenha precisado apelar ou implorar por um lugar ao sol.
Construiu sua fama aceitando convites e assim faz até hoje. Diz que dessa forma, saberá verdadeiramente o quanto é bem vindo.

Invejosos dirão que eu era uma mini versão feminina de Magal. E talvez fosse
Ele não sabe, mas sempre esteve em meu coração e é também responsável por todos os meus melhores shows de lambada, na infância, pra mim mesma, trancada na sala com uma escova de cabelo (um microfone em potencial rs) rodopiando e amando a vida entre mini saias altamente rodadas e douradas e meu pequeno bustiê de mesma cor, pouco preenchido obviamente, mas que guardava, bem apertadinho, do lado esquerdo do peito, a delícia e a liberdade de sentir e ser parte daquele ritmo envolvente que era o latino.

E me chama que eu vouuuuu:


Ficha técnica ( Amante Latino)

Onde e quando: Brasil (Rio de Janeiro), 1979.
Olhar de quem: Pedro Carlos Rovai (direção); Paulo Coelho (roteiro)
Quem faz parte: Magalzão; Regina Dourado, Angelina Muniz, Augusto Olimpio e mais uma galera :p
Quanto tempo: 104 min.






28.9.14

Encontros e Desencontros

Engraçado que sempre falo sobre me encontrar, me perder e me achar de novo e sempre o mesmo ciclo.

Construção:

E depois de um longo periodo longe daqui,descobri que podemos nos encontrar, só que agora digo: nos outros.
E digo isso porque quando a identificação com o outro é intensa, passamos a nos ver no outro, e voltamos o olhar pra gente. Afinal, começar uma nova amizade, uma nova relação, qualquer que seja, é sempre voltar o olhar no passado,nos ver

Que isso não vire rotina, nem dependência, mas é uma delicia quando isso acontece. Pessoas novas podem sempre agregam coisas em nossas vidas . Filmes também fazem isso. Tenho até um palpite de que filmes são pessoas e vice -versa. Lembrando que o novo, pode estar também naquela pessoa/ filme  que está em nossa vida há anos. O que muda, é o nosso olhar.

A arte do encontro, está talvez nas mudanças e voltas que a vida dá.
No caso do filme, Scarlet Jonhansson encontra em Bill Murray ela mesma.

24.9.14

Patch Adams

sobre compreender os incompreendidos








Antes de mais nada, quero deixar claro que não tõ seguindo uma tendência pós morte de Robin Williams. Mas é que depois de 1 mês sem dar as caras aqui, senti que Patch Adams me escolheu e acolheu. Como tem acontecido nos últimos 30 filmes que ando escrevendo por aqui.

A identificação veio



19.8.14

cubo magico

tensao no taxi

ponto alto do filme: mesmo com tantos problemas, é preciso ter a empatia e pensar como o filho.

Sociedade dos Poetas Mortos

Carpe Diem e o direito de chorar pela morte de Robin Williams 


por Cecília Goursand



E nessa semana que passou a vida deu mais uma vez seu grito de iéié.
Que o querido Robin Williams morreu na última segunda-feira, o mundo inteiro viu. E sentiu. E chorou. E metade lembrou que ele existia e virou fã. Mas que tem rolado muitas críticas ao ato de virar fã e chororô alheio, pouca gente sabe.

Que os haters de plantão me perdoem, mas sou a favor do choro, de virar fã quando alguém especial morre e do Carpe Diem em seu mais puro significado: que engloba isso tudo que falei e tira da teoria e passa para prática o 'cada um faz o que quer' da vida. Independente de ser um momento ruim ou bom. Triste ou alegre. Rá.

                                                  Heheheuheue, piadas à parte.

Até ai, tudo muito bonitinho e nada fácil. Sustentar uma atitude nunca é fácil. E que atire a primeira pedra quem nunca deu valor só quando perdeu algo ou alguém. Não deixa de ser meia verdade. Nesse mundão cheio de responsabilidades, informações e vida adulta é difícil engolir ele inteiro, de uma vez, achando que é bala soft. Precisamos de algo ou alguém (nem que seja a morte) que nos lembre que brincar, respirar e viver cada minuto ainda é permitido.

E apesar de soar como propaganda de absorvente ou o texto do filtro solar, quando alguém especial se vai e ficamos frente a frente com nossa finitude, rola o desespero. Ele aparece em forma de lágrimas, desculpas e curtidas no facebook. E defendo porque é reconhecimento, de uma forma ou de outra .

Por isso, quase ninguém pára pra pensar que o que acontece nesse momento de virar fã póstumo assumido é, na (minha) verdade, uma tentativa de resgatar a essência do agora. Do tipo: "não se vá, nemequittepas." Como se um pedaço GRANDE da vida estivesse indo embora. E tá. Como se agarrar à sensações antigas nos trouxesse conforto e fosse questão de necessidade vital. Voltar à época do joelho ralado ou uma ferpinha fincada no dedo, principalmente. Era vivência. Era a gente fazendo história. Era tempo de Carpe Diem.

Voltar àquela sensação reprimida pela vida adulta. Às tardes depois da aula, comendo Trakinas recheado - sabor morango - com leite e Toddy vendo "Uma babá quase perfeita" na T.V e desafiando uma possível palmada deixando de fazer o dever de casa. Ou à um sábado chuvoso, com cara de solidão e o consolo de ver Jumanji na tensão, para espantar o tédio. Sem contar nas comidas imaginárias que tentávamos visualizar (and comer. Quem nunca?), quando a fome apertava, como os garotos perdidos da Terra do Nunca faziam em Hook- a volta do capitão gancho. Ou ficar entre choros e risadas nas aulas do Sr. Keating, o professor de literatura na academia Welton do filme Sociedade dos Poetas Mortos. (Best filme ever)

Interpretado deliciosamente por Robin Williams, Sr. Keating, ensinava sobre a literatura e a vida. Dizia que poema e viver não eram exatos. Que podíamos ser sempre mais que o modelo padrão oferecido. Que deveríamos buscar nosso próprio andar. E que se fossemos dominados pelo medo de alguma situação era só subir um degrau, ainda que da cadeira para mesa, para ver o mundo e a situação de outro ângulo.



Ensinou que podemos ser donos de nós mesmos e que é permitido buscar e lutar por aquilo que gostaríamos de ser na vida. Ainda que implicasse na morte de um dos personagens. Muito embora, mais que um suicídio, morrer naquela ocasião era se libertar e assinar embaixo. Era hora de bater o pé, além das botas e ser o que quisesse. Era fugir do modelo. A única solução. Era tempo de Carpe Diem.

Infelizmente, a cada dia e com a morte de Robin, fica nítido o quanto nossa sociedade ainda funciona como a Academia Welton. Priorizando a tradição. Espremendo dia a dia a autenticidade dos desavisados.
É necessário se encaixar em algo, seguir comportamentos ditos certos. Acreditar em certo e errado.
Uma vez sucesso, sempre sucesso. Uma vez comediante, sempre comediante. E é por isso que a morte dele ainda nos assusta tanto. Esperávamos que aquela pessoa, dona de nossos sorrisos fáceis, também sorrisse fácil e sempre.

Mas esquecemos que somos alunos dessa sociedade com cara de Academia Welton e ele também. Alunos desse lugar que fala que quem vive de passado é museu. Que não permite mudanças. Que precisa cumprir prazos e aparências. Que não permite que choremos a morte de alguém não próximo. Que não permite ser.

No dia 11 de agosto, foi embora um pedaço da vida. Da minha, da sua, da gente. Mas sem arrependimento algum por ignorar todas as responsabilidades e sugar todo o aprendizado que algum filme dele proporcionava. Se era ficção pouco importava. Era, foi e sempre será, se a gente quiser, tempo de Carpe Diem. 

E pra ele, também.



Ficha Técnica:

Onde e quando: Estados Unidos, 1989
Olhar de quem: Peter Weir (direção) ; Tom Schulman (roteiro)
Quem faz parte (elenco principal) : Robin Williams, Ethan Howke, Robert Sean Leonard
Quanto tempo: 128 min.

12.8.14

Dos vídeos importantes que ninguém vê e valem a pena serem (re) vistos

por Cecília Goursand


Eu, macaca :)

Como uma boa Ciça Goursand, evito fugir dos problemas reais que rolam por ai na sociedade e apesar do medo, tento enfrentar sempre.

Como o blog e a página no face são reflexos meus, muitas vezes posto coisas que são um tanto quanto polêmicas, mas a intenção é sempre a de proporcionar um olhar diferenciado sobre a vida e a realidade que nos envolve.

Pensando nisso, fiz um apanhando na página do face mesmo, na tentativa de fazer uma retrospectiva dos videos mais importantes que postei e que se encontram em formatos de curta- metragem, propagandas, pequenos documentários. É para quem quiser ver, rever, pensar ou repensar ou se inspirar. Vale de tudo nessa vida :)

Vem comigo?

What's on your mind? - 2014Uma reflexão sobre a vida "feliz" nas redes sociais/ Facebook.





Volkswagen: Eyes on the road -2014 : sobre o uso de celular na direção




Da obsessão pela estética: Obsession with Plastic Surgery Leaves Japanese Idol Looking Like Creature from Harry Potter 


 


Maioria Oprimida ( Marjorité Opprimée) - Eléonore Pourriat, 2010 : a inversão de papéis atribuída aos gêneros. 



Heterofobia: o mundo ao contrário (a inversão de valores atribuída à sexualidade)

 


Vem , comentar, chorar junto :D

7.8.14

Da série: Gente como a gente - parte II

por Cecília Goursand





Quem segue o blog sabe que vire e mexe tento desmistificar os ideais Disney e Hollywoodianos (quiçá, globais), na tentativa mesmo de mostrar que muitas vezes vivemos na ilusão ou com aquela ideia velha de que Leozinho Di Caprio, Neymar, Carlinha Perez, Mickey Mouse, Princesas Disney são intocáveis. Mas são gente como a gente, tá? Só pra constar.

Pois bem. Para ajudar eu, humilde pessoa, o artista plástico José Rodolfo Loaiza Ontiveros publicou algumas imagens um tanto quanto inusitadas em seu tumblr e em algumas exposições.

Diferente das do projeto de Saint Hoax  que prezou uma campanha e tanto contra o abuso sexual infantil e utilizou a imagem das princesas violentadas, Ontiveros, com o tema: " Profanity Popoptou por seguir uma linha mais humana, mostrando possíveis fraquezas, desejos e o quão frágeis podem ser esses ícones, aproximando mais de nossa realidade, deixando de lado o " Felizes para sempre" que vemos corriqueiramente no mundo Disney.


Vem ver:







               













5.8.14

Da série: Vai que cola," Queria ter visto no cinema"

por Cecília Goursand



Quem NUNCA quis ver alguns clássicos de TV nas telonas, que atire a primeira pedra. Se você tá comigo nessa, de sempre imaginar como seriam aqueles desenhos e seriados que amávamos nos anos 80 e 90, vem ver a série " Queria ter visto no cinema " que o gênio-publicitário André Cox, com o pseudônimo Foi o Mordomofez só para dar um gostinho de como seriam os pôsters caso alguém arriscasse levar para os cinemas esses desenhos e seriados épicos.

Vem ter orgasmos múltiplos, digo, dar uma apreciada nostálgica : *__________*










Vai que cola, né? : )

4.8.14

Stanley Kubrick com entrada gratuita

por Cecília Goursand



Selfie de 1949
Safadinho é esse Cine Humberto Mauro que só faz programação gostosa pra quem mora em BH.
O convite da vez é a mostra " De olhos bem abertos" que contará com a exibição de todos os filmes do cineasta (mais ainda safado) norte-americano Stanley Kubrick. As sessões ocorrerão diariamente, em diferentes horários, entre os dias 8 e 28 de agosto.

A mostra, que exibirá os clássicos: Laranja Mecânica (1971) ; Nascido para matar (1987); 2001- Uma Odisseia no Espaço (1968) ; Lolita (1962); Glória feita de sangue ( 1957); O iluminado (1980 ) e Dr. Fantástico (1964) conta também com um documentário de sua vida: " Stanley Kubrick: Imagens de uma vida" (2001), de Jan Harlan.


Não satisfeito com um filme a cada dia, o Cine Humberto Mauro tem como destaque, uma overdose de todos os filmes exibidos em uma maratona de 35 horas, nos dias 8 e 9 de agosto.
Além de oferecer um curso sobre a filmografia de Kubrick ministrado por Rafael Cicarini, mestre e doutor em artes visuais pela UFMG.

Vem ver toda a programação no site do Cine HumbertMauro. : )

27.7.14

Up e a recusa de amor em tempos difíceis

por Cecília Goursand



E quase completando 3 semanas sem escrever resenhas aqui, voltei :)
É que a impressora que converte pensamentos em palavras não estava funcionando.

Tristemente vó Geninha se foi :/ e um batalhão de sentimentos veio à tona. Perder alguém não é e nunca será fácil, ainda mais quando esse alguém leva um pedação da gente.
Em contrapartida, fui regada de muito amor, carinho e apoio de muita, muita gente mesmo. Quase um sufuco. Fato que colocou minha humilde cacholinha pra funcionar: Como assim todo esse carinho e amor era um desconforto? Como assim eu estava recusando amores de toda parte?

Na busca de clareza, veio a resposta: eu não tava preparada e acho que nunca estive para taaantoo amor como recebi nesses últimos dias. De todas as formas possíveis. Era um mar de coração que ocupava minha vida e mente, que me senti mal. : ( . E não sei vocês, mas gosto de ir entrando aos poucos no mar.

E ai que lembrei de sr. Fredricksen e super entendi a vida nesse momento: tem gente, pela história de vida ou situação, que não suporta o amor. Estamos tão acostumados a falar de felicidade e ser feliz o tempo todo que quase ninguém pensa que momentos bons e ultra bons, podem reprimir uma tentativa de autenticidade. Fazendo com que essa pessoa se perca, fique com raiva e afaste toda boa vontade e amor alheios.

Pode parecer exagero, mas é o que ocorre na vida. E nunca, nunca pensamos nisso quando é com a gente. Ficamos vida a fora recusando amores, resumindo as pessoas ao seu maior defeito. Tipo o sr.Fredricksen, que fechado pra vida, carrancudo e rabugento nos mostra em Up, de forma bem lúdica, a recusa do amor.
Quer ver?

Felizmente, a vida não é feita apenas de um amor :


Russell surge com suas bochechas delícia para nos hipnotizar e nos lembrar porque devemos deixar o amor entrar. Olha só:

1) " Eu tenho que ajudar o senhor a atravessar alguma coisa."


Muitas vezes ignoramos ou recusamos um mínimo de ajuda ou até uma aproximação de alguém, por medo e defesa . Afinal, nosso mundão tá cheio de coisas ruins, fica difícil mesmo confiar em qualquer carinha bonitinha ;)
Mas só saberemos se deixarmos entrar. Essa pessoa pode te ajudar a atravessar uma fase ruim. Que tal tentar? (Mesmo que seja com um pé atrás).

2) Acontece muitas vezes de nossos heróis/ nossas heroínas  ou qualquer pessoa que admirávamos e acompanhávamos desde a infância, se tornar um fardo ou até inimigo.


E ai, meio que perdemos o chão, pois creditávamos todos os investimentos, ainda que platônicos, naquela pessoa que elegemos incentivadora de nossos sonhos. Por isso, descobrir que nosso sonho era regido de falsidade por trás ou jogo sujo, é um possível sinônimo de desacreditar na vida.

Muito embora, não podemos generalizar e achar que todos os próximos amores nos farão sofrer.  Comece devagar, mas comece :) Há seres que valem a pena deixar entrar em nossas vidas.


3) Ainda mais quando o amor vem de onde menos esperamos. Quem nunca teve um/uma Kevin na vida? Que insiste em ficar nas nossas vidas mesmo quando não suportamos a presença? Mas no fundo, queremos imensamente *_*

Dependendo da teimosia, não adianta empurrar ;)

4) "Eu sei que é chato. Mas são as coisas chatas as que eu mais me lembro.  " - Russell




A definição de chato é diferente para cada pessoa. No caso dessa frase (que não é o momento da foto), Russel lembra a parte mais divertida com seu pai, quando brincava com ele de olhar as cores do carro, tomando sorvete. Para muitos, isso é banal. Mas para Russell significava muito.

A amizade é uma troca e deixar o amor entrar na nossa vida implica trocar experiências e pensar junto. (E entenda amor, qualquer tipo de sentimento bom, vindo em nossa direção. O que pode ser importante para o outro, pode ser banal para nós. E vice-versa. E quando há troca de culturas, podemos absorver o máximo da experiência do outro e nos permitir coisas novas.
Estar aberto ao amor é estar aberto à coisas novas. :)


5) Claro que não desconsidero que toda solidão é necessária. É com ela que muitas vezes nos encontramos.
Mas um pouco de amor na vida, não faz mal a ninguém. De onde vier, da forma que vier. Respeitando sempre, é claro, o jeito do outro suportar e amar ♥. O negócio é entrar num consenso.




Sem vergonha de ser feliz :))
























Ficha Técnica

Onde e quando: Estados Unidos, 2009
Olhar de quem: Pete Docter, Bob Peterson e a cia da Pixar
Quem faz parte (vozes): Edward Asner (Carl Fredricksen); Christopher Plummer (Charles Muntz); Jordn Nagai (Russell); Bob Peterson (Dug)
Quanto tempo: 96 minutos





22.7.14

Princesas da Disney e a Campanha contra abuso sexual

por Cecília Goursand



Um bafafá que tem rolado na internet esses dias é o fato do artista Saint Hoax ter feito ilustrações usando algumas imagens das princesas da Disney para alertar sobre violência doméstica e o abuso infantil, que segundo pesquisas, 46 % acontecem com membros da família. E chama a atenção para o avisto logo abaixo do índice: "Nunca é tarde para reportar a agressão".

Hoax conta que o objetivo da campanha é alertar e incentivar as vítimas infantis a denunciarem seus agressores de forma imediata, para impedir que repita ou aconteça qualquer outro tipo de abuso posterior.

Ao jornal britânico, Daily Mail o artista conta que a ideia do ensaio surgiu ao saber que uma de suas amigas mais próximas foi molestada na infância pelo próprio pai e levou 14 anos para "superar"o trauma.

O artista, antes de publicar em seu site, tentou parceria com uma organização e não teve sucesso, publicando assim por conta própria e conseguindo vários compartilhamentos de fundações que visam combater o abuso sexual infantil.


"O objetivo da série de cartazes é incentivar as vítimas a denunciar para que as autoridades possam impedir que isso aconteça novamente"- Saint Hoax
















Jasmine (Aladim), Ariel ( A Pequena Sereia) e Aurora ( A Bela Adormecida), nessas imagens, estão explicitamente desconfortáveis com a situação. As imagens foram consideradas completamente inadequadas por algumas pessoas.

Como tudo nessa vidinha, a campanha divide opiniões entre os internautas. Muitos classificaram o conteúdo como assustador, perturbador sem ser realmente útil.  Afirmando que as crianças associarão seus desenhos favoritos à incestos.

Já para os que defendem o artista, a campanha faz muito sentido visto a familiaridade que as crianças e adultos tem com as personagens. "São assustadores e desconfortáveis, o que é exatamente o que precisamos em um ensaio que quer alertar sobre esse tema", comentou um dos internautas.

E você, o que achou?



11.7.14

Daniel Radcliffe e o novo projeto de J. K Rowling


por Cecília Goursand



Dan-Dan lindeza Radclife deu pra fazer charminho agora a respeito do novo projeto de J.K Rowling.
Durante a divulgação do seu novo filme "What if" um repórter do EXTRA TV aproveitou o gancho e resolveu perguntar o que todos queriam saber: Dan-dan, qual sua opinião sobre o novo projeto de J.K Rowling publicado ontem na Pottermore.com?

Segue abaixo a entrevista na íntegra :


Extra TV: Então, J.K... ela acabou de lançar uma versão atualizada do mundo de Harry Potter - como uma espécie de tablóide relatando seu retorno com sua esposa e eles tendo problemas conjugais e assim por diante. Algum interesse?

Daniel: Sim, claro. Claro que vou ler. Até onde eu sei, Harry deve estar com 36 anos nessas histórias. Essa história está sendo lançada agora e, você sabe, estou prestes a fazer 25 anos. Eu não sei se encaixaria nessa faixa etária. Então não preciso me preocupar com essas perguntas. Certo, mídia? [risos]

Extra TV: [risos] Eu não sei. Onde você gostaria de ver Harry?

Daniel: Eu realmente não sei. Eu não tenho uma opinião sobre isso.

Extra TV: Há uma cicatriz misteriosa em seu rosto. Eles estão dizendo que é porque ele está batalhando...lutando...

Daniel: Sim, sim, tenho certeza de que ele continuou fazendo o trabalho que ele teve no final da série. Eu realmente não tenho uma opinião sobre o que deveria, assim como nunca fiz durante as filmagens. Essa é a questão. Eu nunca tive uma opinião sobre o que deveria acontecer com o personagem. Eu estou observando junto com o resto do mundo e estou fascinado de ver o que ela faz com ele. E também, a ideia de que ele está tendo problemas conjugais é, provavelmente ...se é Rita Skeeter que está reportando, provavelmente é insano de qualquer maneira, eles devem ter um perfeito casamento infeliz.

Extra TV: Por que você não simplesmente lançar um feitiço no casamento?[risos]

Daniel: Essa é o tipo de coisa que não deve funcionar na comunidade mágica porque senão todo mundo estaria fazendo.

Extra TV: Mas seria apenas uma benção. [risos]

Daniel: Seria apenas benção mas seria injusto. [risos]

Nhéeee, será só charme ou ele quer desapegar logo de Harry P.? snif... snif.... :((