23.9.13

Amour.

Michael Haneke, posso ficar aqui? Foi mal aê, ter nascido. Após esse filme, prometo me recolher a minha insignificância e merância. Redundante assim. Afinal, sou mera humana. Ser. Do verbo ser. Agora, tô na dúvida sobre ser. Ser humana, ser amável, ser jovem, ser velho, ser certa, ser errada. 
É Michael, você bagunçou minha cabeça mais que qualquer outra pessoa nesse mundinho. Me pegou pelos braços, me jogou na parede e me chamou de coitadinha. Por falar em cafajestice, dó de mim você não tem? Faz um filme desses e nem me liga no dia seguinte pra saber como tô? #xatiada.
E vocês, não se deixem enganar por essas adoráveis criaturinhas, personagens do filme desse ai. Michael Haneke aproveita de nossa sensibilidade e depois assusta, feito Hitchcock. 
Yeah Michael, quente e letrista, você acordou um dia e resolveu socar a cara da sociedade. Jogando tudo pro alto, pro brejo,todos os conceitos de amor, família, cuidados que nossa"querida" mãe sociedade nos ensinou. Com que direito, o senhorzinho faz isso? Eu sei. Com o de um gênio. Que vai além ou aquém do seu tempo. Mas mesmo assim, te convidaria para tomar um cházinho das 18h comigo. Pra te parabenizar, sabe? Você conseguiu ser mais polêmico que Almodovão em "A pele que habito". Ou igual. Jogou "Amour" pra escala polêmico- polemiquíssimo. Deve ser só eu e meu olhar sensível e exagerado. Mas não vou me jogar aos seus pés. Eu sou mesmo, exagerada. Adoro um Amour invetado. Mas o seu... me surpreendeu. Se é que posso falar de amor de novo nessa vida. Vou ali na esquina, ver se encontro minha identidade. As vezes vôou pra lá enquanto tive crise existencial. 
E as razões? Tão ai. Meio sem pé,nem cabeça. Feito um sacy pererê e mula sem cabeça: 

: Drama e manteiguice derretida à parte, se deixem enganar sim pelos personagens. Isso fará com que vocês assistam e venham aqui chorar as pitangas comigo. :) egoísmo: mode on.
: Poxa Michael, quando falei: "mais amor, por favor?" Não esperava ver esse tipo de amor...
Mas já vi que sempre será uma palavra polêmica. E tudo que rela,é relativo.
3ª: "Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza..até que a morte nos separe, amém." vai fazer tanto sentido quanto 1 + 1= 3.
: Pra você que tá solteiro, talvez seja aliviante. Ai você não precisa se incomodar tanto caso envelheça sozinho.
5ª: Se você concorda com Michael, talvez seja aliviante também.
: Talvez a gente consiga entender a morte enquanto libertação. Mas veja bem, talvez.Não sei se isso depende de outra pessoa. Pronto,falei. Desfazendo o nó da garganta em 9,8,7...

Ficha Técnica:

Quantosanoscêchama? França, 2012
De quem é o olhar?  Michael Haneke
Quem faz parte? Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva e Isabelle Huppert.





3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Nossa!!! Que mix de sentimentos!!! Vou assistir! Fiquei curiosa! \o/

    ResponderExcluir
  3. Acho que fui muito fria a ponto de conceber o Amor em Amour de tantas formas a ponto de aceitar com certa naturalidade a angústia causada... No meio do filme, vislumbrei um outro pensamento do desfecho, mas não me assustei. Acho que deveria mas não sei se o Amour deve ser assim assustador. O Amor ali acontece em várias dimensões. Talvez na verdade eu nunca tenha sabido o que é ele, agora ainda mais tenho essa certeza. Depois de Amour, Amor sem explicações!

    ResponderExcluir

Vem que tem :D